ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À GESTANTES ATENDIDAS NOS SERVIÇOS DE SAÚDE EM TEMPOS DE PANDEMIA: COVID-19
Resumo
Durante qualquer epidemia de doenças infecciosas, as mulheres grávidas constituem um grupo extremamente sensível devido à fisiologia e funções imunológicas alteradas e, portanto, à susceptibilidade alterada à infecção tornando-se a assistência prestada nos serviços de atenção obstétrica e neonatal essencial. Objetivou-se descrever a assistência de enfermagem à gestantes usuárias dos serviços de saúde em meio à infeção pelo novo coronavírus, as características clínicas além dos desfechos maternos e neonatais. Estudo de caráter descritivo caracterizado como revisão narrativa de literatura, no período de 2019 a 2020. Foram utilizadas as bases de dados SciELO, LILACS e MEDLINE, foram utilizados os Descritores em Ciências da Saúde (DECs) “cuidados de enfermagem”, “gestação”, “novo coronavírus”. Sugere-se que o atendimento para esse grupo não seja interrompido, mesmo diante de gestantes com síndrome gripal ou com infecção COVID-19, recomenda-se que haja vigilância fetal bem como a avaliação do crescimento intrauterino. Sintomas das gestantes que testaram positivo para o Covid-19 foram semelhantes aos de outros adultos, observou-se aumento da ocorrência no número de cesarianas, rotura prematura de membranas, parto pré-termo, taquicardia fetal, estado fetal não tranquilizador, morte fetal, nenhum caso de abortamento foi reportado. Conclui-se que cuidados especiais devem ser tomados no gerenciamento da gravidez e na tomada de decisões sobre interrupção da gestação e manuseio do recém-nascido, a fim de minimizar o risco de consequências subsequentes à saúde. Faz-se necessário mais estudos para melhor avaliação da possibilidade dessa via de transmissão bem como as repercussões possíveis durante a gestação.